Discurso de encerramento de Xavier Moreda

Discurso do coordenador geral da AGARB, Xavier Moreda

Discurso do coordenador geral da AGARB, Xavier Moreda

Hoje comemoramos a vida do comandante-presidente, Hugo Chávez Frías.

Umha homenagem nacional e internacionalista, que multiplica os seus significados na grave situaçom atual no país irmao, num ato, como nom podia ser de outro jeito, reivindicativo e agora mais que nunca de urgência: prelúdio de vida ou morte.
Um ato para nom esquecer. Este é um ato da memória militante.

Quero, e devo lembrar ao primeiro cônsul geral na Galiza que acompanhou de maneira definitiva a fundaçom da AGARB sendo padrinho político, e nunca melhor dito, que foi para nós embaixador da República Bolivariana da Venezuela na Galiza: David Nieves Blanch, e a sua companheira, Sara Godoy, ambos entendérom a Naçom galega respeitando-nos em igualdade de naçom a naçom.

Esta homenagem nom poderia ser possível sem a colaboraçom e o apoio das entidades da naçom galega como a CIG, e mais umha vez, do Consulado Geral da República Bolivariana de Venezuela, que hoje nos acompanham,

Mas nom estamos todos faltam os presos!! Nom estamos todas faltam as presas!!
O nosso mais grande e sincero agradecimento.

Nom foi, nom é um ato funerário, nem fúnebre, nem pode ser portanto umha de tantas celebraçons funerárias meramente litúrgicas, hoje nom vale qualquer discurso nom somos comparsa de ninguém.

Somos militáncia com memória. Somos militáncia da memória.

Fazemos parte internacionalista dos e das que luitamos pola memória dos e das revolucionárias do mundo, do genocídio galego e de qualquer outro que o fascismo intermitentemente promove desde Washington, Berlim ou Madrid .

Nem hoje, nem nunca a AGARB reivindica nem celebra datas com mornos jogos florais onde mornos ou mornas poetas pomposos executem esconjuros mais próprios de umha queimada triste. Nem festas rançosas de fim de curso e ainda menos o final da história.

Chávez demonstrou, nos 3 anos posteriores à queda do muro de Berlim que havia esperança. Mas passárom quase dez anos de aquela sua derrota providencial, de aquele discurso hertziano, de aquele profético “por agora”, e triunfou contra o fantasma do fim da história e contra aquele desassossego da velha esquerda europeia cheia de complexos que ainda nom logrou tirar.

Hoje celebramos a vida duplamente: a vida do comandante Hugo Chávez Frías e a herança encarnada na maioria da populaçom venezuelana que terá longa vida. Povo armado, povo respeitado!

Temos muitos motivos para celebrar a resistência chavista preparada para combater o fascismo e defender as comunas e o poder popular construído por umha esquerda generosa que agora exige, mais que nunca o avanço sem freio face o socialismo.

Hoje há um ano e 10 dias -quando nós chorávamos a desapariçom física de Hugo Chávez-, o espanholismo, o mesmo contra quem Bolívar luitou, e a esquerda ornamental espanhola celebravam com brindes inesquerdistas acompanhados de cínicos inteletuais domesticados, inteletuais orgánicos como o Vargas Llosa, espanhol de pavilhom de conveniência, com a direita mais rançosa, a suposta desapariçom do “pesadelo chavista” celebrado no Madrid colaboracionista de Merkel, o Madrid foro súbdito de Washington e lambecús de Londres.

Eles achavam que sem Chávez desapareceríamos, aqui estamos. Que o seu legado esfumaria-se. Aqui estamos com a Venezuela combatente disposta a esmagar o fascismo.

Nom foi casual que Hugo Chávez decidira como mestre estratega que era, que Nicolás Maduro, o chanceler de 2006, artífice também a carom do comandante, fosse artífice da construçom desse grande março de coperaçom latino-americano, da CELAC, UNASUL, ALBA, BANCO DO SUL que além de dar apoio logístico e de qualquer tipo, impede invasons ipso-facto, e atenua em grande parte os manuais golpistas. Esse reconhecimento regional , vacina contra o fascismo dos vendepátrias e contra esse novo Tea-party da direita endógena: o guarimba-Party.

Saraivadas de incertezas televisivas continuam orquestrando a confusom . Umha irrealidade círculo vicioso de twitter migueletes, de twitter trampa, tentam derrubar um processo irremediável, irreversível se permanecemos unidas, unidos no essencial, para aprofundar na Revoluçom.

Mas nom devéramos perder nengunha batalha nem na linguagem: a legalidade inventa-se. Afigura-se com os eufemismos do apoliticismo ativo propugnado desde o fascismo comercial polos guarimba-party de toda parte do mundo. Olhai para Espanha bourbónica com quase 40 de franquismo herdado e quase 40 mais bourboneando.

Olhai para o imperinho da Espanha ingerencista, a Espanha da lei mordaça, a Espanha de obreiros na cadeia e corruptos no poder!! A Espanha corrupta, a Espanha decrépita!

Nós nom defendemos a legalidade, nom esperamos nengum reconhecimento, autodeterminados, autodeterminadas, somos antifascistas que defendemos a legitimidade da luita obreira, da luita nacional.

Defendemos a memória dos povos que nom deve ser deturpada como já fora o nossa, como continua a ser.

Que nom deve ser verniz para brilhar nos grandes atos de estado. A memória tem umha utilidade, tem modos de emprego, antídoto contra a barbárie fascista, como método de desarticulaçom de guarimbas confusas como barricadas mentais, como sistema geoestratégico de desarticulaçom da falsa equidistância eurocéntrica.

Nom vou falar das 50 verdades, nem das 1.500, seria umha perda de tempo perante um auditório convito. Se somos atacados, se formos atacadas defendamos-nos!!
Utilizemos o direito à autodefesa.

Para quem duvide: nós estamos onde nos corresponde, situados, situadas no advento, no “por agora”chavista”, com o amor revolucionário, com a mesma solidariedade do Che, com a ternura dos povos.

Discurso do coordenador geral da AGARB, Xavier Moreda

Discurso do coordenador geral da AGARB, Xavier Moreda

Temos que explicar que nom se faz revanchismo quando se defende a memória do povo venezuelano, quando se defende a Revoluçom Bolivariana ou a memória de Chávez é perverter ou colaborar na perversom mesmo, do conceito de justiça social.

É ignorar 200 anos de história da Nossa América, nengum tipo de sentimentalismo deve confundir-nos. Nem os disfarces de guarimbeiro ocasional, nem as de mercenário ou colaboracionista para voltar às miragens derivadas das interpretaçons interesseiras dos filmes do império e do imperizinho nom nos confundem: Nicolás Maduro, o presidente legítimo da República Bolivariana da Venezuela, representa democraticamente o Poder Popular.
Nom é um talvez, nem um por acaso.

Nom esqueçamos! Lembremos as vítimas no “caracaço” em 27 de fevereiro de 1989, a resposta do traidor Carlos Andrés Pérez, os primeiros dias de março mais de 3.000 pessoas assasinadas, fossas comuns, fuzilamentos, cárcere … está foi a resposta de paz e diálogo daquele governo de tecnocratas e neoliberais.

Lembremos os massacres de abril de 2002 em Caracas, Puente  Llaguno de mais de 19 mortos e 72 pessoas feridas.
Lembremos o genocídio na Galiza iniciado em 20 de julho de 1936.
Lembremos o governo de Allende.

Vou finalizar o meu discurso cantando, pede-mo o coraçom:

“De pie cantar, que vamos a triunfar.
Avanzan ya banderas de unidad,
y tú vendrás, andando junto a mí,
y así verás tu canto y tu bandera florecer.
La luz de un rojo amanecer
anuncian ya la vida que vendrá”.

Y ahora el pueblo
Que se alza en la lucha,
con voz de gigante
gritando adelante: adelante!

O povo unido, jamais será vencido!
O povo unido, jamais será vencido!